Num mundo onde as “relações electrónicas” passaram a ser um combustível para alimentar egos e solidões. Onde as crianças brincam com bonecos virtuais. Onde os “supostos adultos” fingem amar através de um pequeno ecrã. Onde estão os humanos que em tempos amaram através daquele abraço, daquele beijo, daquela carícia. Onde andam aquelas trocas de olhares que entre o silêncio revelam mais do que qualquer emoji inventado.
Será esta a nossa realidade? O nosso fim?
Dizem por aí, que os robôs serão os nossos substitutos, que estes vão dominar o mundo e retirar-nos os nossos postos de trabalho.
Isto até pode acontecer, de facto é inevitável a evolução e o desenvolvimento do mundo. A questão é, onde ficam os humanos no meio disto tudo?
A sua evolução, o crescimento e consciencialização da importância das relações humanas.
Tenho um computador, um telemóvel, e outros meios electrónicos, no entanto uso estes como ferramentas, meio de evolução e não como dependências.
Num modo piloto automático, fazemos scroll nas redes sociais, zapping na televisão, enquanto aqueles que amámos também se deslumbram com as vidas criadas.
Dependentes de likes, de seguidores e visualizações, deixamos que os outros guiem a nossa vida. Criem o nosso valor.
E, enquanto isto acontece, a vida escapa-nos pelas mãos.
Agarrados a uma realidade que já não é nossa, mas um pouco de todos nós.
No final de contas, onde ficam as gargalhadas partilhadas, as paisagens contempladas e as sensações criadas?
Porque a nossa vida resume-se às escolhas diárias que fazemos constantemente. Portanto, eu escolho ser feliz! Eu escolho as relações humanas! Eu escolho viver!
E tu o que escolhes?
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