A psicologia humanista, surge como uma evolução da teoria de personalidade, no início da década de 1960. A este movimento estão associados nomes como Abraham Maslow e Carl Rogers. Os psicólogos humanistas tinham como intuito superar as abordagens do behaviorismo, bem como da psicanálise, e não ser apenas uma revisão das correntes mencionadas (Schultz, 2015).
A psicologia humanista definia-se por dar destaque ao potencial humano, tendo em conta as suas aspirações positivas, a experiência consciente, o livre-arbítrio, assim como a crença da integridade da natureza humana (Schultz, 2015).
Consoante Rogers (2010), os seres humanos têm em si a necessidade de serem aceites, e quando isso acontece deslocam-se em direção à “auto-realização” abordada também por Maslow. Tendo por base esta crença, o terapeuta Rogeriano usa a empatia como forma de capacitar o paciente com recursos para crescer, mudar e desenvolver as suas competências. Aceitação, empatia e consideração positiva são os elementos chaves defendidos pelo autor para que ocorra o crescimento do indivíduo. Como tal, estas devem estar presentes nos diversos relacionamentos que apresentamos na nossa vida (Rogers, 2010).
A terapia centrada no paciente, também designada por psicologia do self, defendida por Rogers suporta a ideia que para ocorra mudança, o nível de frustração deve ser o mais baixo possível. Para que uma mudança construtiva ocorra na personalidade de forma mais eficaz é imprescindível dar destaque a sermos nós próprios, ouvindo-nos e aceitando-nos tal como somos (Rogers, 2010).
Referências: Rogers, C. (2010). Tornar-se pessoa. (2ªEdição). Lisboa: Padrões Culturais. Schultz, D. & Schultz, S. (2015). História da Psicologia Moderna (10ªedição). Brasil: Cengage Learning.