O relaxamento tem como intuito induzir um estado de tranquilidade, paz e acima de tudo bem-estar, sendo o antídoto para uma ansiedade em excesso. Pode-se assim afirmar que o contrário de relaxamento é ansiedade, stress e tensão1. Segundo Lipp, o stress relaciona-se com um estado de tensão que impede a homeostasia, isto é, o equilíbrio interno do organismo. Um dos quatro pilares de controlo do stress, passa pelo relaxamento salientado anteriormente2. A homeostasia é indispensável quando é abordado o conceito de stress, visto que este desequilibra internamento o nosso sistema3. Serra (2002), acrescenta ainda que o treino de relaxamento tem manifestado significativas vantagens no que diz respeito a problemas de saúde relacionados com o stress experienciado4.
Está comprovado que a ansiedade em doses normativas é benéfico para o ser humano, porém, de forma excessiva é patológica e tem associada várias consequências. Estudantes universitários devido às alterações que ocorrem na sua vida nesta fase estão mais predispostos a adquirir perturbações de ansiedade ou depressão. Estes índices elevados destas duas perturbações ocorrem mais frequentemente nos primeiros anos5.
O treino autogénico de Schultz é enquadrado nas terapias psicológicas e permite treinar o corpo assim como a mente a relaxar e a diminuir o stress e ansiedade sentidos6.
A meditação e a hipnose são formas que permitem esse relaxamento. Muitas das metodologias de relaxamento incluem imagens mentais, denominadas de representações imaginéticas. No treino autogénico o foco é orientado tanto para as imagens mentais como para as sensações somáticas, proporcionando assim um estado de relaxamento bem como um aumento da consciência1.
De acordo com Payne6, estas técnicas aqui em destaque devem permitir a sua aprendizagem, sendo também acessíveis e facilmente aplicáveis.
A nível emocional, os métodos de relaxamento permitem gerir de forma mais eficaz as emoções que vão surgindo no decorrer do dia a dia7.
Referências: 1. Joyce-Moniz, L. (2010). Hipnose, meditação, relaxamento, dramatização: Técnicas de sugestão e auto-sugestão. Porto: Porto Editora. 2. Lipp, M. N. (2013). O stress está dentro de você. (3ª Edição). São Paulo: Contexto. 3. Lipp, M. E. N., Pereira, M. B., & Sadir, M.A. (2005). Crenças irracionais como fontes internas de stress emocional. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 1, 29-34. https://www.researchgate.net/publication/235899670 4. Serra, A. V. (2002). O Stress na vida de todos os dias (3ª Edição). Coimbra: Gráfica de Coimbra. 5. Ibrahim, A.K., Kelly, S.J., Adams, C.E., & Glazebrook, C. (2013). A systematic review of studies of depression prevalence in university students. Journal Psychiatric Research, 47(3), 391-400. Doi: 10.1016/j.jpsychires.2012.11.015 6. Payne, R. (2003). Técnicas de Relaxamento: um guia prático para profissionais de saúde. (2ª Edição). Loures: Lusociência. 7. Goleman, D. (2011). Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objectiva.